Editorial

ara comemorar nossa chegada ao número 50, a edição deste mês do Jornal Retrô traz aos leitores um retrato instantâneo da Joinville de cem anos atrás, através de um relatório de prestação de contas que o superintendente Abdon Baptista apresentou em 1917 ao Conselho Municipal, equivalente à atual Câmara de Vereadores.

 

Os mesmos problemas do presente aparecem ali: do desequilíbrio nas contas públicas à má conservação das ruas, incluindo a falta de infraestrutura no principal hospital da cidade e a precariedade do sistema de saneamento básico. Ainda assim, como nos nossos dias, o superintendente se mostrava otimista em relação ao futuro...

 

Em Deu no Jornal, veremos como era difícil a vida dos candidatos a reservistas no Tiro 226, obrigados a memorizar uma pormenorizada lista de 104 perguntas e respostas que iam do peso de um cartucho de fuzil ao número de rotações por segundo que a bala performava no cano da arma.

 

A Joinville de 1917 já começava a exercitar seus músculos econômicos, mas ainda tinha bastante de vila, como veremos em um anúncio que esperava apanhar um ladrão. (veja em Acredite se Puder).

 

Tirada na esquina das ruas do Príncipe e Abdon Batista, a foto da capa da Edição 50 oferece uma visão interessante da Joinville há cem anos. Dois elementos do progresso parecem inseridos em um cenário do século anterior – podemos ver um dos bondinhos puxados a burro que deram a largada para a primeira experiência de transporte público na cidade e os primeiros postes que distribuíam energia elétrica, mas as ruas sem calçamento e o carroção mostram que ainda havia um longo caminho a ser percorrido.

Jornais de época do Arquivo Histórico de Joinville
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