e o relatório do superintendente Abdon Baptista indicava que Joinville crescia e começava a exercitar sua potência econômica nos idos de 1917, esse anúncio que apareceu na Gazeta do Commercio um ano depois mostra o quanto a cidade ainda tinha de vila. A peça havia sido publicada a pedido de Carlos Schneider, proprietário da Casa do Aço.
Schneider avisava ao público e aos “snrs. marcineiros (sic) especialmente” que “diversos rolos” de palhinha para cadeiras tinham sido roubados do seu armazém na Rua do Príncipe (veja a foto abaixo). Através do anúncio ele tinha esperança de que as pessoas que soubessem “o paredeiro (sic)” do material ou a quem os artigos fossem oferecidos, que o avisassem.
Arquivo Histórico de Joinville
Casa do Aço
Carlos Schneider chegou a Joinville como Karl Schneider, em 1881, vindo da Alemanha. Nesse mesmo ano ele fundou a Casa do Aço, um armazém que vendia de tudo, louças, ferragens, conservas e até palhinha para cadeiras, como vemos.
Karl enviou o filho Hans Emílio para estudar na Alemanha, e ao retornar a Joinville ele deu novo impulso aos negócios da família, transformando o armazém no maior do gênero em Santa Catarina. Em 1959, um neto de Karl (Carlos Frederico Adolfo Schneider) fundaria a Ciser, atualmente a maior fabricante de fixadores da América Latina.
Gazeta do Commercio
16/02/1918